RSS

FILÓ MACHADO E FELIPE MACHADO REALIZAM OFICINA

filo_oficinaFiló Machado com o seu neto – Felipe Machado, violonista – foi atração do Clube do Choro de Santos onde realizaram oficina musical gratuita para os alunos da Escola de Choro, Casa Vó Benedita e demais entidades interessadas.     
Ribeirão-pretano de trânsito internacional, como o irmão – Celso Machado, grande violonista e compositor há muito fixado no Canadá -, Filó Machado, cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista jazzístico começou bem cedo, aos dez de idade, em sua cidade, na lida instrumental, atuando em conjuntos de baile, como o New Boys e o Birutas do Ritmo, mas, no anos 70, é que, já vivendo na capital paulista, começou a ser notado na extensão do seu talento, tocando em casas noturnas de prestígio, como Jogral, Igrejinha e Catedral do Samba, e, entre outros elepês, participando, em 1972, como violonista, de “Caminhada”, gravado por Marília Medalha. Sempre em movimento, apresentou-se em turnê, em 1981, com Djavan e Fatima Guedes, pelo Projeto Pixinguinha, e, cinco anos depois, foi atração do Free Jazz Festival, no Rio, na mesma noite em que se apresentaram Leny Andrade, Egberto Gismonti e Ray Charles. Passou oito anos no exterior, a maior parte deles na França, onde conquistou admiradores de nomeada, como Michel Legrand e Paul Mauriat, e, em 1993, no balneário de Cannes, foi atração de abertura de festival de jazz, antecedendo o show da finada Nina Simone.
Sua arte, também no Japão, é bem conhecida: em 1998, por exemplo, a convite do grupo feminino A Três, tocou em show que fizeram em Tóquio, hoje mercado para alguns dos CDs de carreira do músico, como “Origens”, Canto Fatal”, “Oxalá Père” e “Milagre da Canção”. Aliás, com uma das integrantes do A Três, Cibele Codonho, fez outro disco bem cotado pela crítica, “Tom Brasileiro”, lançado em 2005 pela Lua Music. O excelente elepê, depois remasterizado, “O Violão de Celso Machado” , feito em 1978 pela Discos Marcus Pereira, é destaque em outra atividade do meio abraçada, com bom gosto, por Filó, a de produtor, quando, naquele ano, ele próprio iniciava sua discografia com elepê da Chantecler do qual algumas faixas eram parcerias suas com a ex-esposa Judith de Souza, esta de volta à Cambuquira natal. Ainda como produtor e arranjador, salientam-se, em 1999, um CD da cantora rio-pretense Zezé Freitas interpretando, com sua voz de contralto, Zica Bergami – a da nostágica e clássica valsa “Lampião de Gás” -, e outro, dois anos depois, “Salada de Danças”, dessa já falecida compositora e desenhista “naïf”.

Gerdal José de Paula


Your Comment