Tuco Pellegrino chega agora com seu segundo CD, quentinho, recém saído do forno. Depois de “Peso é Peso”, um tremendo discão diga-se de passagem, ele vem com “Na contramão do progresso”, trazendo composições inéditas suas e de seus parceiros, J. Gonçalves, Daniel Pato Rouco, Fernando Paiva,
Janderson Santos, Daniel Capu (ao lado de Tuco compôs “Na contramão do progresso” que dá nome ao disco), Rafael Lo Ré, Paulo Mathias, Alfredo Castro e Waldir 59. Ah…e tem também mestre Monarco e a destacadíssima Velha Guarda da Portela. Tuco é integrante da Ala de Compositores da azul e branco de Madureira que recebeu o jovem sambista de braços abertos e o batizou e, em breve, com certeza, fará parte da Velha Guarda. Apresenta a composição – “Madalena” – feita em parceria com o velho compositor portelense.
Desnecessário dizer que “o samba rola de primeira”, como diria Jorge Ben Jor no seu “W Brasil”, a moçada mete bronca mesmo. Por exemplo, na faixa 5, “Mano Paulo”, no início, lembrou-me a convocação do locutor chamando Baiano (Manuel Pedro dos Santos), o primeiro cantor profissional brasileiro, para interpretar o lundú “Isto é bom”, da autoria de Xisto Bahia, gravação para a Casa Edison no primeiro disco feito no Brasil registrado na coletânea de 100 anos da Odeon. Na capa do CD uma foto batida na cabine de controle do bonde de Santa Teresa ao lado do motorneiro e de dois outros bondes. Já no encarte uma foto do nosso Bonde 3 na orla da praia santista onde o menino se criou. Ainda no encarte destaque para os textos do mestre Nelson Sargento e do jornalista e pesquisador Téo Souto Maior. Dentre as participações especiais, além dos já mencionados Monarco e Velha Guarda da Portela, destaco a amiga, parceira e cantora Francineth e o cantor piracicabano radicado em São Paulo, Roberto Seresteiro. Dentre os músicos que o acompanham o destaque fica para João Camarero (violão 7 cordas), Junior Pita (violão 6 cordas), Cardoso (violão tenor), Rafael Lo Ré (cavaco e bandolim), Lucas Nahum (cavaco), os percussionistas Pedro Pita, Rafael Toledo e Alfredo Castro, galera integrante do Batalhão de Sambistas mais Eduardo Guarnetti (trombone), Antonio Rocha (flauta), Cesar Roversi (sax alto), Jota P (sax tenor), Rubinho (trompete) além de uma pá de grandes músicos que participaram do trabalho também. Produção muito bem elaborada, capricho total, enfim, tudo nos trinques. Arrematando, pois, cito a frase final do jornalista Téo Souto Maior no encarte do CD, acho que define muito bem o contexto do disco: “…voz de um movimento de exaltação ao samba de terreiro que se espalha pelo Brasil, criando uma verdadeira corrente na contramão do progresso, correndo pelo certo, pelo samba verdadeiro”. Portanto, estão todos de parabéns, mais um disco que não pode faltar na coletânea dos apreciadores do bom e velho samba. FICHA TÉCNICA Concepção geral: Tuco Pellegrino. Direção musical: João Camarero. Produção executiva: Noeli Pellegrino. CONTATOS email: pellegrinofernando0@gmail.com site: producaotucopellegrino@gmail.com
Abraços Zé do Camarim
Maravilha Tuco. Vamos que vamos. Vamos em frente que atrás vem gente. Vou correr e comprar logo que aparecer por aqui.
Bela reportagem e um bom texto. Demonstra o primor e a qualidade do disco na Contramão do Progresso. Precisamos divulgar e espalhar a notícia sobre este belo trabalho do mano Tuco Pellegrino e todo time de sambistas que o acompanha. Também somos um pouco parte integrante desta obra prima do samba. Avante.
Carlos Alberto Silva