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Conheço Osvaldinho em razão do seu trabalho profícuo e dedicado ao samba desde que lançou seu primeiro disco, um LP pela gravadora Marcus Pereira nos anos 70. Entretanto, de uns tempos para cá, nos falamos periodicamente ao telefone que me foi passado pelos amigos Aguinaldo Loyo Bechelli, escritor e cronista santista radicado em São Paulo há muitos anos e Muniz Jr., o Marechal do Samba santista, de quem também é grande amigo e admirador. Em 2009, Muniz consagrou Osvaldinho como “Sambista Emérito” nas ruínas do Quilombo do Pai Filipe, na Vila Mathias, onde, normalmente, acontecem as comemorações e festividades do Dia Nacional do Samba. Porém, o primeiro contato pessoal foi na quadra da Escola de Samba Zona Noroeste – também em 2009 – onde ele foi homenageado. Estava todo mundo lá, além de um número grande de sambistas, integrantes da diretoria do Clube do Choro de Santos. Osvaldinho tinha até um camarote reservado, mas, quando chegou disse que iria ficar com o pessoal do choro e fim de papo. Um gesto super amável…! Aliás ele é assim mesmo, um cara simples, modesto, magro, baixo, franzino, porém, quando chega pro samba vem com uma luz incrível, uma força espetacular que parece ter dois metros de altura.
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Um gigante, sem dúvida, como ser humano e como grande sambista que é e sempre foi…! O “batuqueiro véio”, como eu o chamo carinhosamente, pertence à mais alta linhagem do samba, aquela estirpe que consagrou, da mesma forma, Geraldo Filme, Germano Mathias, Paulo Vanzolini e Adoniran Barbosa. Eles formam este autêntico “Quinteto em Branco e Preto” do samba paulistano, eméritos compositores que cantaram – e cantam – as entranhas da Paulicéia Desvairada. Todos retratistas e cantadores do cotidiano. E quem foi que disse que paulista não sabe fazer samba…! Ora, meus caros, isso é conversa mole pra boi dormir. Aí está a prova…! É só ouvir este CD que comemora seus 70 anos de vida, aliás, diga-se de passagem, muito bem vividos, graças a Deus. Palavra de Zé do Camarim…!
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ET: Sua vinda a Santos neste sábado, 26 de fevereiro de 2011, foi consagradora…! Fez um workshop fantástico sobre percussão e, na sequência, um show maravilhoso, agradando a todos com simpatia e simplicidade. Osvaldinho é, sem dúvida, uma figura ímpar.
Abraços
Zé do Camarim
