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QUINTETO DO ZÉ LANÇA CD EM SANTOS

quinteto_zeMeus amigos, sábado, dia 20, 21h00, Teatro Guarany. Aguardávamos a subida ao palco do Quinteto do Zé. De fato, o violonista, compositor e arranjador Zé Barbeiro retornava a Santos para o lançamento de mais um CD. Há alguns anos lançou aqui “Segura a bucha” e, tempos depois, “No salão do barbeiro”. Desta vez veio com mais um belo trabalho autoral, como sempre, muito bem elaborado, “Sem massagem”. O disco, realizado com recursos do Programa de Apoio a Cultura do Estado de São Paulo (PROAC), traz de volta ao cenário musical o destacado instrumentista alagoano radicado na pauliceia onde mostra e desenvolve seu inegável talento há muito tempo. Contando com a companhia dos parceiros Cesar Roversi (sax tenor e soprano), Edu Malta (baixo), Giba Favery (bateria), Makiko Yoneda (piano) e a participação de Júlio Cesar Barros, Zé Barbeiro se consagra definitivamente como compositor e instrumentista. Dentre tantas outras qualidades, seu lado muito bem humorado, mais uma vez, se destaca.
Zé é único para nomenclaturar suas composições. Senão vejamos: “A pescaria que deu certo”, “Batera, sobrou pra ti”, “Sinuca de bico” e o originalíssimo “Mais quebrado do que macarrão em cesta básica”. Adorei o nome desse choro, confesso…! Zé, com uma linguagem musical personalíssima, traz a baila uma nova forma de interpretar contemporaneamente o primeiro estilo de música popular urbana do Brasil sem alterar a essência do estilo.  

Infelizmente o jogo entre Brasil x Alemanha pelas Olimpíadas do Rio de Janeiro e a chuva chata e persistente desviaram a atenção do público, muita gente não compareceu ao Guarany para prestigiá-los.
Uma pena, paciência, nem tudo na vida ocorre como gostaríamos, foram apenas poucos privilegiados que se deleitaram com a apresentação do grupo, aliás, numa performance incrível. Além de clássicos do repertório chorão como “A ginga do Mané” (Jacob do bandolim) e “Um a zero” (Pixinguinha), dentre outros, o time deu um show interpretando as composições do Zé. O experiente Cesar Roversi mandou bem pra caramba nos solos de sax, Malta “passeou” tranquilamente com seu baixo, Giba demonstrou muita habilidade e firmeza à frente da sua batera, afinal, como todos sabem, não é lá muito fácil acompanhar choro em bateria, mas ele deu conta do recado e Makiko, como que “brincando” com as teclas do piano, demonstrando total tranquilidade e desenvoltura, mandou ver também.
Pois é gente, um showzaço, viu…! A direção musical e os arranjos são do próprio próprio Zé Barbeiro, a produção musical é do Edu Malta e a gestão do projeto ficou por conta da Karina Poli. Aproveito a oportunidade para cumprimentar os companheiros do Clube do Choro de Santos pelo empenho.
Valeu gente, até uma próxima oportunidade se Deus quiser.
Forte abraço
Zé do Camarim

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