Participaram da entrevista os companheiros diretores Luiz Pires, Renê Ruas e Marcello Laranja.
MARCELLO: Já não era sem tempo e esse documentário chega em ótimo momento para destacar a performance e o talento de um dos grupos musicais paulistanos mais significativos e festejados, onde o bom humor, a sátira e a irreverência sempre estiveram presentes. A direção ficou por conta de dois jovens e entusiasmados produtores, o santista Alexandre Sorriso e o paulistano Danilo Moraes, dedicados profissionais da área que se empenharam na realização da obra.
Meu caro Alexandre, como surgiu a ideia da realização do documentário.
ALEXANDRE: Eu costumo dizer que foi um projeto que já nasceu com a cara do Premê pois surgiu de uma conversa de boteco com o Danilo Moraes, naquele momento, para mim, um músico que estava compondo uma trilha para um filme que eu dirigia e que, por acaso, era filho do Wandi, um dos componentes do Premê. Como eu sempre curti o grupo e tive a oportunidade de ir a alguns shows, lembrava da riqueza harmônica e das performances ao vivo que eram sempre geniais e acompanhadas de ótimos músicos. Penso que foi nessa conversa que descobri que o Danilo vinha tocando com o Premê há algum tempo e daí para começar a me contar “causos” de bastidores foi natural… Depois de algumas risadas e lembranças, me interessei por ler, ouvir e assistir mais Premê e quando soube que não havia um documento dessa trajetória tão rica, divertida e preciosa para a história da música brasileira e principalmente paulistana, convidei-o a fazermos juntos esse registro. Não sem antes alertá-lo que daria muito trabalho, certamente não ganharíamos pelo trabalho realizado e ainda que não sabia quanto tempo poderia levar para realizá-lo… Ele topou, seis anos depois lançamos oficialmente o filme e claro, não ficamos ricos…
MARCELLO: Danilo, vocês já acalentavam o sonho de realizar a obra com o PREMÊ ou a ideia surgiu de uma hora pra outra, assim, como diria, isso foi agora, recentemente, ou seja, vocês já tinham concebido o projeto de elaboração do DVD antes?
DANILO: Pra mim foi de uma hora pra outra que tudo começou, só que mais de seis anos atrás, então quando o filme foi lançado no ano passado, já era um trabalho de muito tempo. O formato DVD foi uma consequência, no fim foi bacana porque eu acho que as pessoas ficam contentes de ter em casa o filme e poder digerir aos poucos toda aquela informação.
MARCELLO: O PREMÊ foi um grupo musical destacadíssimo principalmente nos anos 70 quando surgiram – mais especificamente em 1976 – com uma linguagem musical bem sarcástica, onde a sátira e a gozação eram os pratos principais. Estávamos no auge da ditadura onde a censura era implacável, mas, mesmo assim, com todos os inconvenientes, o grupo se destacou. Como você vê isso.
ALEXANDRE: Pelo que conversamos com várias pessoas que conviveram com o Premê, eles não sofreram muito e até se divertiam em dar a volta na censura. No momento em que eles começaram a se destacar na cena musical, parece-me que já não era tão rígida a censura no sentido de que com os argumentos certos, mesmo que falsos, ou ainda com a troca de uma palavra por outra (que muitas vezes tinha o mesmo significado) passava-se sem grandes arranhões… Levando em conta a alta capacidade daquela turma em fazer crônicas do cotidiano que os envolvia, a censura se tornava apenas mais um ingrediente a dar o tempero…
MARCELLO: E, naquela ocasião, eles já faziam experiências mesclando ritmos como o samba, o choro, o rock e até a música erudita, certo?
DANILO: Já faziam sim. O grupo se formou numa faculdade de música erudita, mas todos gostavam de vários estilos musicais e queriam experimentar misturar tudo. Tinha uma coisa de criticar e de certa forma enfrentar os professores e músicos que tinham preconceito contra determinados gêneros. A ECA (Escola de Comunicação e Artes da USP) era um ambiente muito sério, acadêmico e curiosamente não havia muitos grupos que tocavam por ali. Eles quiseram quebrar com todos os conceitos e preconceitos.
MARCELLO: Alexandre, o que você acha que passou na cabeça dos caras que eram estudantes da USP quando resolveram criar o grupo com aquela característica em um momento político tão difícil da história do Brasil, principalmente em São Paulo.
ALEXANDRE: Também levando em conta o que ouvimos em todas as entrevistas e as histórias lembradas pelo Danilo, eles não queriam muito mais do que tocar. Apesar de muitos deles fazerem parte de uma Universidade de Música, por incrível que pareça, tocar não era uma das principais atividades no currículo e formar um grupo era um modo de colocar em prática aquela teoria e técnica que eles conviviam diariamente. O caráter do conteúdo do que tocavam no grupo era reflexo do que ouviam como por exemplo, o samba de breque com toda sua irreverência…
MARCELLO: Wandi Doratiotto (voz, cavaquinho e violão), ex-apresentador do programa “Bem Brasil” da TV Cultura, Mário Manga (voz, guitarra e violão, pai da cantora Mariana Aydar, Claus Petersen (voz, sax e flauta) e Marcelo Galbetti (voz, piano e violão). Danilo, houve alguma modificação na formação original do grupo? Os mesmos integrantes permanecem até hoje?
DANILO: Esses integrantes que você falou são os quatro que estão sempre. Muita gente passou pelo Premê. Na bateria e percussão teve o Azael Rodrigues, o Adriano Busko, Pascoal, Regina Machado, AC Dal Farra; no baixo teve o Skowa, o Osvaldo Fagnani, o Sylvinho Mazzucca, Mario Campos e até eu faço parte do Premê como músico convidado há quase vinte anos!
MARCELLO: Alexandre, pra você, os dois maiores sucessos da banda foram “Lua de mel em Cubatão” e “São Paulo, São Paulo”?
ALEXANDRE: “São Paulo, São Paulo” sem dúvida! “Lua de mel em Cubatão”, por eu ser de Santos, ouvi muito e penso ser realmente um dos sucessos do grupo mas não tenho certeza se é o segundo… Lembro de “Balão Trágico” (“…a vida é tão linda, a vida é tão bela, eu e meus amiguinhos vivendo na favela…”) com a mesma intensidade de “Lua de Mel”… A única certeza que tenho é que na discografia do Premê há música para todos os gostos…
MARCELLO: Danilo, na sua opinião, quais sucessos da banda você destacaria além das composições acima mencionadas.
DANILO: Teve a Marcha da Kombi, o Fim de Semana (Domingão), Lava Rápido, Rubens (que a Cassia Eller gravou) e muitas outras. Alguns sucessos não são autoria deles, como o Pinga com Limão (Alvarenga e Ranchinho) e o Coração de Jacaré (marchinha de carnaval de Carlos Gonzaga e J. Nunes que o Premê faz uma versão reggae com uma performance inesquecível no palco).
MARCELLO: Alexandre e Danilo, como foi pra vocês o trabalho de elaboração do documentário, contem alguma curiosidade, vocês encontraram dificuldades pra coletar o material?
ALEXANDRE: Passamos por momentos distintos… Surpresas maravilhosas como uma participação no programa “Almoço com as Estrelas” descoberto no arquivo do SBT e frustrações como a participação no Chacrinha, na Tv Bandeirantes, que só se tem um fragmento do áudio e outra na “Hebe”, tocando “Lava Rápido”, onde os atores Arthur Kohl e Renato Caldas, que faziam performances nas apresentações do grupo, tomaram banho no palco em transmissão ao vivo para desespero da produção e deleite da apresentadora. Tentamos por vários caminhos achar esse material mas não há registro de que alguém o tenha gravado… Um fato curioso é que no documentário há trechos de gravações feitas por um fã do grupo que se tornou amigo, o Paulo Jacaré, e que os próprios integrantes jamais haviam assistido. Outro momento hilário são registros caseiros de ensaios de coreografias na casa do Claus, saxofonista/flautista do grupo… Não foi fácil mas também nos divertimos muito… Há momentos riquíssimos que ficaram de fora por um motivo ou outro e que dariam mais do que um filme mas como diz meu parceiro Danilo Moraes: “Nós fizemos “UM” filme sobre o Premê e não “O” filme sobre o Premê”.
DANILO: Tivemos vários tipos de dificuldade para arrumar o material. Levou seis anos pra juntar tudo, tivemos um apoio do Banco Confidence através do edital Rouanet, mas a gente sempre trabalha apertado com dinheiro. Foi desafiador. A parceria com a ComTato, agência sociocriativa que desde o início ficou responsável por toda a organização financeira e burocrática foi fundamental. Mas cada material novo que chegava era uma delícia. Cada um corria assistir o mais rápido possível e era sempre muito legal.
MARCELLO: Como vanguardista da época e, como já dito anteriormente, no auge da ditadura militar, o grupo criou sua personalidade, arregimentou uma legião de fãs que tem até hoje, criaram selos independentes para gravar suas composições, enfim, eles encontraram muitas dificuldades para se lançar e se fixar no mercado, foi isso mesmo?
ALEXANDRE: Penso que eles foram muito além do que imaginavam e do que pleitearam… No documentário, procuramos mostrar todas as fases, desde a primeira participação num Festival Da Tv Cultura, o sucesso inesperado do LP “Quase Lindo” (no qual o nome do filme foi inspirado) e a passagem por uma gravadora multinacional com produção do Lulu Santos… Eles não procuraram o sucesso e mesmo assim, por alguns momentos o tiveram. O Wandi fez um depoimento (registrado no documentário) na época em que chegar às grandes gravadoras era a maior ambição de um músico onde diz: “Gravadora é que nem Maverick (um carro famoso na época), primeiro você quer comprar, depois você quer vender…”. Parece-me um bom panorama de como eles pensavam…
MARCELLO: Danilo ainda em cima da mesma pergunta, você destacaria algum fato ou mais alguma coisa a respeito?
DANILO: Eles tiveram dificuldade de se fixar no mercado porque nunca é fácil. Tem que trabalhar muito e eles trabalharam. No começo dos anos 80 eles viviam exclusivamente do grupo. A Bia Aydar que hoje é uma publicitária e produtora de eventos das mais conhecidas do Brasil era empresária do grupo e eles nessa época trabalharam muito. Assim como é difícil conquistar espaço no mercado e conquistar o público também é difícil manter o que foi conquistado. O sucesso de um disco não é nunca igual ao outro e é difícil manter o pique se um disco não tem o mesmo sucesso do anterior.
MARCELLO: Alexandre, há algum tempo procurei os discos (LPs) do PREMÊ e não achei, estavam todos foram de catálogo e ainda não tinham sido lançados em CD. Como está isso hoje em dia, é mais fácil achar esse material?
ALEXANDRE: Há um movimento avançado para, ainda em 2016, ser lançado um box em homenagem aos 40 anos do grupo com todos os discos e um inédito com músicas tocadas em shows mas nunca gravadas… Na internet se acham alguns discos e em sebos há alguns CD’s também. Mas aos fãs, recomendo que aguardem e torçam pela efetivação do “sonho do box próprio”…
MARCELLO: E como está o PREMÊ atualmente, tem feito shows, além do DVD gravaram algum CD recentemente, onde se apresentam…etc…etc…
DANILO: O Premê atualmente está em São Paulo vivendo bem calmamente. Cada um dos integrantes trabalha bastante, ninguém se aposentou, mas o pessoal se junta meio raramente. O normal é ter uma temporadinha por ano por aí. No ano de 2015 teve mais coisa, talvez também por conta do documentário. Logo mais vai sair uma caixa com todos os CDs do Premê e mais um com inéditas que ficaram pelo caminho. Mas isso fica pro próximo capítulo.
MARCELLO: Alexandre, o que vocês quiseram destacar no documentário, a carreira e a trajetória do grupo com um todo ou, por outro lado, vocês queriam focalizar algo mais além disso?
ALEXANDRE: O que buscamos e penso, conseguimos, foi contar a trajetória do grupo com todas as suas peculiaridades e aventuras dando destaque para a grande qualidade musical e performática de todos os quais passaram pelo Premê. O cineasta Fernando Meirelles contou-nos que o que primeiro chamou a atenção dele, no final dos anos 70, em relação ao então Premeditando o Breque, era que eles “eram grandes músicos, com humor, e era um “troço” que não existia na época…”. A rapidez de pensamento dos integrantes também é amplamente abordada no documentário em várias entrevistas, em vários momentos distintos da carreira do grupo, com respostas geniais! Mas sem dúvida, como nos disse Marcelo Galbetti, outro integrante desde o início: “A música está sempre em primeiro lugar!”.
MARCELLO: Danilo, você acha que o objetivo foi atingido?
DANILO: Acho que sim. Ficamos satisfeitos com o filme, com a equipe toda que se deu muito bem e os Premês gostaram! A gente tinha muita coisa legal pra por no filme, mas tinha várias limitações. Foi difícil escolher o recorte que queríamos, mas gostamos. E tem o seguinte, fizemos UM documentário sobre o Premê. Outros poderão ser feitos.
MARCELLO: Alexandre, de todos os discos lançados pelo PREMÊ você destacaria algum como sendo o de sua preferência e, talvez, o de maior sucesso?
ALEXANDRE: Não é à toa que o filme chama-se “Premê Quase lindo”, o LP “Quase Lindo” é muito significativo não só por conter o grande sucesso do grupo “São Paulo, São Paulo” mas também por contar com uma performance fortíssima nos shows tanto musical como teatral. E o nome é perfeito pois tirando o Claus que arrasava corações (do Clodovil, inclusive, como registrado no filme), eles nunca foram grande referência de beleza física…
MARCELLO: E pra você Danilo, qual seria o disco de maior sucesso do grupo.
DANILO: O disco Quase Lindo (1983) foi o que vendeu mais e tinha o maior sucesso (São Paulo São Paulo). Eu gosto muito do primeiro, Premeditando o Breque (1981) também. Acho que é o que tem mais a cara deles.
RENÊ RUAS: O PREMÊ além de uma banda extremamente musical, podemos considerar como uma ideia?
ALEXANDRE: O Premê é performance. Qualquer um que tenha tido um dia a oportunidade de assistir a um show do grupo, não tenho dúvida que saiu com alguma lembrança agradável, seja musical, seja teatral, seja pelo humor… O Premê é carismático, fotogênico, divertido… E tudo isso vem com uma espontaneidade invejável pois se você encontrar seus integrantes fora do palco, verá que são personagens de si próprios, não são artistas que se tornam irreconhecíveis sem seus instrumentos. Claro que não é só piada e gozação, em alguns momentos podem até ser tímidos, mas dê corda para ver o que ainda são rápidos esses jovens senhores…
RENÊ RUAS: Podemos considerar o PREMÊ como a primeira banda do cenário musical principalmente ou exclusivamente paulistana? O tal humor caustico, sem trocadilhos, era premeditado?
DANILO: Não acho que o Premê tenha sido primeiro em nada, mas acho que eles tem um estilo muito próprio. Banda paulistana tinha Os Mutantes que na minha opinião foi a melhor banda de rock do Brasil. Fazendo humor Noel Rosa já fazia, Moreira da Silva, Joelho de Porco. Misturar estilos a Tropicália já tinha experimentado tudo, mas a mistura que o Premê chegou fazendo era única principalmente pelo jeito deles. Não acho que o humor era premeditado. Eles são assim tão engraçados e irreverentes que eles não conseguem fazer de outro jeito. Que bom, né?
LUIZ PIRES: Alexandre, o PREMÊ fez parte do movimento de vanguarda da música paulistana que ficou conhecido por “Lira Paulistana”, por apresentar uma nova maneira de compor. Qual era o sentimento de, de repente, estar inserido em um rótulo. Você acha que o grupo e os demais artistas se julgavam como sendo de vanguarda no sentido de buscar a subversão?
ALEXANDRE: Até onde pude perceber, nada foi pensado. Pelo contrário, eles mesmos não se enxergavam como um movimento. Resistiram até… O Lira foi um palco que abriu espaço para esses então doidos varridos fazerem o que lhes dava na telha mas ninguém propôs a ninguém fundar uma tropicália paulistana. Cheguei a ouvir que esse rótulo veio da imprensa e que eles demoraram para perceber que faziam parte da tal Vanguarda… O que eles queriam era tocar, o que veio junto foi puro acaso ou consequência…
LUIZ PIRES: Danilo, de que forma você acha que os artistas daquele momento afetaram a Música Brasileira. Você acha que o impacto ainda está sendo absorvido?
DANILO: Vou responder junto essa e a próxima pergunta:
Muita gente hoje carrega uma influência assumidamente muito forte daquela geração do Lira Paulistana. Desde os famosos como Zélia Duncan que gravou Itamar Assumpção e Luiz Tatit, Cassia Eller gravou Rubens do Premê, Chico Buarque cantou uma música do Rumo, entre outros; Tem os que não são parentes dos músicos da geração Lira mas foram influenciados: Kiko Dinucci, Carlos Careqa, Andreia Dias entre outros; E tem os filhos do Lira, que eu também faço parte: Anelis, Tulipa, Iara Rennó, Mariana Aydar, O Terno, Leo Cavalcanti, Dani Black e muitos outros. Cada um tem o seu grau de influência da geração Lira na sua música. Como a música que se fazia na tal Vanguarda Paulistana era muito variada é meio vago dizer qual era O som do Lira. E essa geração que veio, veio mais variada ainda.
LUIZ PIRES: Alexandre, quais eram as ambições musicais daquele momento e quais passaram a ser depois.
ALEXANDRE: Como disse anteriormente, não havia nenhuma ambição a não ser fazer um som. E assim foi e continuou a ser sempre. Não se pensava em contar uma historinha gozada ou mostrar quão virtuosos eram aqueles músicos. Era quase inocente de tão espontâneo. Os caras queriam mesmo era tocar! E é por isso que todos os que ainda se encontram no plano terrestre estão dando canjas por aí até hoje. Uns mais, outros menos profissionais mas procure-os que, mais cedo ou mais tarde, você os encontra com seus instrumentos mostrando do que ainda são capazes…
LUIZ PIRES: Danilo, alguns dos filhos dos integrantes das bandas que fizeram parte do “Lira Paulistana” seguiram carreira musical e, de certa forma, eles carregaram influências dos pais?
DANILO: Respondido junto à pergunta anterior.
MARCELLO: Meus caros Alexandre e Danilo, foi muito legal bater esse papo com vocês, valeu mesmo, obrigado pela atenção. Por favor, como fazemos sempre, pedimos aos entrevistados que deixem uma mensagem para o Clube do Choro de Santos.
ALEXANDRE: Estamos muito felizes e honrados por termos sido convidados a exibir o “Premê Quase Lindo” no Clube do Choro de Santos. O Choro é um patrimônio musical e eu, como santista de nascimento, sinto-me honrado por termos na cidade um local que reverencia a música através do Choro. O Premê em toda a sua carreira fez homenagens à música, do samba de breque ao rock, passando pela música clássica e até a “música de churrascaria”. No LP “ Quase Lindo” existe uma faixa composta pelo grande instrumentista Mário Manga (que vai do cavaquinho à guitarra, passando pelo violoncelo e pela viola caipira), que chama-se Choro do Manga, não por acaso… Claro que eles tinham de tirar um sarro e, sendo assim, completam o nome da música com um “pé no saco” entre parêntesis mas em outras oportunidades de atazanar o próximo eles também compuseram o “Samba Absurdo” e os “Grandes Membros” (citando grandes compositores da música clássica) não deixando ninguém com ciúmes. Sempre ouvi que só se brinca com quem se gosta ou se deve respeito portanto…
Nosso eterno agradecimento pelo privilégio dessa exibição Quase Linda! Vida longa ao Clube Do Choro de Santos! Abraço forte!
DANILO: É um grande prazer poder exibir o nosso filme no Clube do Choro de Santos. O choro é o ritmo que, junto com o Samba de Breque, o Premê começou fazendo e Santos é uma cidade que sempre acolheu muito bem o Premê com um público muito fiel. Eu já toquei muitas vezes em Santos com o Premê, com meu pai, com a Ná Ozzetti e sempre fui muito bem recebido. Adoro! Viva o Choro! Viva o Premê! Viva Santos! Muito obrigado pela oportunidade. Grande abraço a todos e até dia 25 de fevereiro.
Valeu gente, obrigado pela atenção e forte abraço.
Luiz Pires, Renê Ruas e Marcello Laranja
Parabéns ao Alexandre e ao Danilo, como também ao Clube do Choro pelo apoio e prestigio aos jovens músicos. É muito importante prestigiarmos os talentos de nossa região, como disse recentemente ao Marcello quando estivemos juntos no Clube XV.
Embora eu esteja em Brasília, torço sempre pelos músicos de Santos, principalmente pelo sucesso do grande guitarrista “Maximiliano”, nome desconhecido na Baixada Santista, porém muito conhecido na Nova Zelândia e Países próximos.
Uma vez mais, desejo “muito sucesso” a dupla ALEXANDRE e DANILO.
Saudações,
PELEGRINI
Valeu pelas boas vibrações, Pelegrini! Eu, por ser santista, tenho obviamente um orgulho imenso em exibir o “Premê Quase Lindo” na minha terra mas todos os Premês só têm boas lembranças da Baixada. Dessa vez ainda teremos o privilégio de conhecer o Clube do Choro, o que nos honra ainda mais. Abraço!
Sem dúvida alguma uma das bandas que marcaram não só a minha juventude, mas tenho a certeza que a de muitas pessoas de minha geração nascida na década de 60. O Premê realmente era uma Banda engraçada naturalmente, os seus integrantes além de serem músico altamente competentes ,formados na ECA e amavam o que faziam. Em um Show que se apresentavam no estacionamento do Shopping Eldorado, onde meu Pai também se apresentou como mágico e depois eles tive o prazer e a honra de conhece-los e mais próximo o Marcello que falei a ele que era um grande fã deles e se conseguiria as assinaturas dos integrantes da Banda e na mesma hora ele disse que sim e me passou o endereço que por sinal era no mesmo bairro que eu residia no Brooklin, e acreditem depois de uma semana liguei para ele, e o mesmo disse-me que o LP já estava autografado e na mesma hora fui busca-lo. A emoção que senti ao pegar aquele LP e ver todas as assinaturas de cada integrante da Banda foi tenta que não aguentei e comecei a chorar de emoção, porém minha casa foi assaltada e levaram tudo, até o meu estimado LP, e gostaria de saber se seria possível eu conseguir um DVD do filme ou algum cd do Premê com as assinaturas dos integrantes. Parabéns ao Danillo e ao Alexandre pela maravilhosa inciativa de reviver uma das bandas que fizeram e fazem parte da nossa história. Atualmente o Preme tem feito apresentações ou reuniões onde nós podemos comparecer para conversarmos com os integrantes da Banda?
Deus abençoes a todos e os proteja sempre, e fiquei muito chateado com a partida do grande baterista que partiu para o plano espiritual. o grande Azael Rodrigues, um músico simplesmente fantástico, que teve oportunidades de tocar em outras bandas, mas o Premê era a sua cara.