Clube do Choro de Santos

Faleceu o saxofonista Luiz Sperandeo. Além de músico, também foi advogado. Sperandeo era conhecido pelo apelido de “gafanhoto”.
Carismático, possuía um jeito brincalhão, e sobre ele contavam muitas histórias e estórias.
Do seu sax tenor tirava uma belíssima sonoridade. Tocou muito nos bailes da Sociedade Humanitária. No salão de festas da Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio de Santos aconteceram marcantes eventos sociais, culturais e políticos.
Nele, durante muitos anos, se reuniu a juventude santista, através das tradicionais vesperais promovidas pelo Centro dos Estudantes de Santos e outras agremiações estudantis, com as melhores orquestras da cidade, das décadas 50 e 60: Cabral Júnior, Haroldo Moura, Hamleto, J. Pinto, Simonei, Mário Folganes e outras de grande sucesso.  
Tocou seu saxofone à beira do túmulo do ex-prefeito Esmeraldo Tarquínio, no enterro deste. Quis prestar idêntica homenagem ao governador Mário Covas, mas esbarrou no esquema de segurança montado pela PM diante do cemitério do Paquetá. Impedido de entrar, Sperandeo, que tocava nos bailes frequentados por Covas nos anos 50, não se fez de rogado e executou o hino do Santos Futebol Clube à porta do cemitério.
“Vim prestar a última homenagem a outro colega de adolescência, mas desta vez não me deixaram entrar.
A gente se encontrava nos bailes da Sociedade Humanitária, onde eu tocava para ele (Covas) dançar”, afirmou na ocasião.