Há 40 anos falecia o genial Pixinguinha, o sistematizador do choro.
Da fusão entre a música para ouvir e a música para dançar surge o que hoje conhecemos como choro. A palavra, que originalmente se aplicava a uma formação instrumental e a um modo de execução de músicas dançantes, passa a designar também um gênero e um idioma, que têm em Pixinguinha um de seus principais sistematizadores. É bem verdade que muitas das características desse novo gênero musical já podiam ser encontradas em Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros entre outros. Mas nesses autores o choro se configurava antes como um modo de dizer – um sotaque, muitas vezes identificado como brasileiro – do que um idioma propriamente dito. É na geração de Pixinguinha que o choro ganha forma, sintetizando diversos elementos que se encontravam dispersos nas gerações anteriores.
Pixinguinha saiu de casa (17 de fevereiro de 1973), em plena folia carnavalesca, para participar de um batizado na Igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, e faleceu vitimado por problemas cardíacos. Os fãs e amigos que curtiam sua música e admiravam sua personalidade chamava-o, carinhosamente, de São Pixinguinha.
Abraços do Zé do Camarim