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JOÃOZINHO DO CLARINETE


clarinetista

Não tive o privilégio de conhecê-lo, mas ouvi falar muito dele, tanto é que me acudi do meu particular amigo, Dr. Luiz Polaco, que me auxiliou – e muito – na empreitada de escrever algo a respeito de uma figura lendária do Marapé, Joãozinho do clarinete.

Tinha, aproximadamente, 1,65m, era magro e falava baixo, não era de muito sorrir, todavia, incapaz de ser indelicado com alguém. Um cara simples, simpático, modesto e com grande conhecimento musical.

Na década de 50 havia o Choro Carnavalesco Aborrecidos cujo presidente era o Nogueirol. Os ensaios, visando o desfile no Carnaval, normalmente, começavam no mês de outubro, nos fundos do seu sobrado na Carvalho de Mendonça.

Vadico, Horácio, Pixoxó, Domingos, Irineu e Chiquinho eram alguns de seus integrantes ao lado do Joãozinho quue foi motorista de táxi, seu ponto era na antiga agência Modelo, na esquina da Pinheiro Machado com a Carvalho. Antes de enveredar pelos caminhos do instrumento de sopro que o consagrou, começou tocando cavaquinho.

Com a colaboração do Lili, do também violonista Pedrinho e do cantor Manoel Reis, elaborava arranjos para o Aborrecidos, além do mais, coordenava o regional que tocava na Rádio Cacique (Rua General Câmara, 218), composto por Maurício Moura, Hugo Fernandes e Gentil. Imaginem, Joãozinho, quem conheceu, capitaneando um conjunto com essas três feras …?

Só posso concluir que ele não era fraco.

Não tinha hábito de fumar e bebia uma cervejinha de vez em quando, aliás, fato raro para a época, diga-se de passagem. Nesta mesma ocasião, já andavam pelas emissoras de rádio, Zinomar Pereira, Airton Gomes e Miltinho. Contou-me dr. Polaco também, dentre outros fatos, que, Joãzinho não se utilizava de partituras musicais e fazia introduções com extrema facilidade, bastando apenas alguém que lhe desse o tom.

Teve dois filhos e uma neta. Joãozinho do clariente foi mais um desses taletentos do Marapé que tocava por amor a arte, jamais fez sucesso ou teve mídia destacada, se perguntarem por ele hoje, muitos dirão, quem é ou quem foi infelizmente …! Contudo, deixou seu nome tatuado na história do bairro.

Zé do Camarim

Zé do Camarim

Um abraço do Zé do Camarim

 


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