Marcello Laranja, Presidente da Diretoria Executiva do Clube do Choro de Santos recebeu das mãos do pesquisador e marechal do samba J. Muniz Jr, a homenagem de “Amigo do Samba”.
Foi a partir de 1963 que o Dia do Samba passou a ser comemorado em Santos, que teve, assim uma co-primazia com o Rio de Janeiro na realização do evento. Muita gente ainda desconhece que, há mais de um século, existiu em Santos um lugar onde o público ia assistir ao samba, batucado pelos africanos liderados pelo Pai Felipe. Nesse local, que ficava na encosta do Monte Serrat, encoberto por um imenso bambual, bem perto da Fonte da Vila Mathias, existia o Quilombo, do Pai Felipe, conhecido também como Rei Batuqueiro.
Em suas Lendas e Tradições de Uma Velha Cidade do Brasil, o historiador Afonso Schmidt revela: “Um negro de sessenta anos fortes, chefiava então os remanescentes do Engenho de Cabraiaquara, os últimos vingadores de Nossa Senhora das Neves; era o “pai Filipe” como todos diziam; e “pai Filipe” sabedor da madrugada de liberdade que raiava ali mesmo perto, na Santos que ele bem mesmo conhecia, foi também para o “Jabaquara” com toda a sua gente, e, como “rei” que era, pelos trinta anos de dominio na floresta, ficou isolado, formando um segundo núcleo do “Jabaquara”, atrás do Monte Serrate.
Era o mais curioso e o mais rude dos negros recolhidos; e aos olhos dos visitantes que lá iam aos domingos, “pai Filipe” desenvolvia os seus batuques, seu samba africano…”
FICHA TÉCNICA:
Data: 2 de dezembro de 2010 Local do evento:
Ruínas do Quilombo do Pai Felipe. Rei Batuqueiro da cidade de Santos, na Vila Mathias. Presentes estiveram diversas autoridades e gente do Samba representando, dentre outras, as Escolas de Samba X-9, União Imperial, Brasil, Zona Noroeste e Real Mocidade, Marechal do Samba J. Muniz Jr., Cidadão Samba Jadir Muniz, Secretário de Cultura Carlos Pinto e Luiz Antonio Pires, vice-presidente do Clube do Choro de Santos, dentre outros.