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MÚSICA DE ANTES E AGORA

GerdauPor João Tavares Neto

Na noite do dia 21 de maio, o Clube do Choro de Santos recebeu a visita ilustre de Gerdal José de Paula. Nascido e criado em Fátima, um bairro próximo da Lapa, reduto de grande movimento e agitação cultural do Rio de Janeiro. Nessa atmosfera, cercado por um clima especial para os amantes da boa música, ele cresceu ouvindo os grandes cantores da MPB, como Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Gilberto Alves entre outros.                   A paixão pela boa música é de total responsabilidade e influência do sonoplasta Geraldo José, conhecido nacionalmente como mestre do som do cinema nacional, com mais de 500 longas-metragens, que deixava à sua disposição os discos das grandes estrelas. Admirador de chorinho, por muitos motivos, mas principalmente por ser o primeiro gênero musical urbano, Gerdal emite sua opinião sobre o cenário musical que encontrou em nossa região. “Esta é a primeira vez que venho a Santos, portanto a minha primeira vez também nesta casa. Estou emocionado e também muito feliz com o que vejo. Adorei conhecer os alunos da Escolinha de Choro. Todos, sem exceção, estão na ponta dos cascos”, atesta. Para Gerdal, iniciativas como esta, em prol da arte musical, contribuem e fortalece essa manifestação artística que, carinhosamente, chamamos de chorinho. Sobre o trabalho que realiza, há mais de seis anos, em homenagem aos artistas, ele nos conta que é uma ação coletiva para tocar o coração das pessoas pela cultura. “Descobrir que cerca de oitenta por cento dos músicos são desconhecidos. Faço essa divulgação para que estes compositores, cantores e instrumentistas sejam lembrados por sua contribuição à música de qualidade no Brasil”, justifica. Eclético e atemporal ele não faz distinção sobre o que ouvia entre os anos 30 e 50, com o som que é feito hoje. “Costumo classificar como música de antes e agora”. Segundo Gerdal, em todos os períodos existiram e ainda existem músicas de excelente qualidade, embora algumas produções se caracterizem pela total ausência dela. A ideia do trabalho de Gerdal é manter viva na memória a lembrança dos grandes músicos e incentivar músicos jovens, como Bruno de La Rosa. Gerdal foi recepcionado por Marcello M.C. Laranja e Luiz Antônio Pires, respectivamente presidente e vice-presidente do Clube do Choro de Santos.

 


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