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TRIBUTO A MÁRIO ÁLVARES, O PAI DO CAVAQUINHO SOLO

imageMário Alvares Conceição, até então um chorão desconhecido que nasceu por volta de 1876 ainda no Século XIX. Veio a falecer em 10 de janeiro de 1909, no início do Século XX. Porém, essas datas não são precisas, como bem ressaltou Gustavo Cândido no seu texto ressaltando que o pesquisador e escritor Ary Vasconcelos – sem citar a fonte – diz que Mário teria nascido em 1861 e falecido em 1909, isto, quero crer, no seu Panorama da Música Popular Brasileira na Belle Epoque.      Gustavo destaca também que o bandolinista e compositor Déo Rian, de acordo com os chorões da velha guarda com quem conviveu, diz que Mário nasceu em 1876 e faleceu em 1910. Uma certeza apenas – Ary já vaticinava isso – dificilmente restauraremos essa história, pois, muita coisa se perdeu no tempo, e, a esta altura da vida não mudará seu rumo. O que queremos destacar é que pouco se falou a respeito de Mário Alvares e de outros grandes chorões da época. Ninguém lembrava do músico que também era conhecido como “Mário Cavaquinho” e que tocava um machetinho com 5 cordas. Não fosse, talvez, a obstinação de um certo Alexandre Gonçalves Pinto, o modesto carteiro conhecido pelo apelido de “Animal”, não saberíamos da existência daquela magnífica geração. Até que agora, já no Século XXI, um outro compositor e cavaquinista também, Gustavo Cândido e seus parceiros Agnaldo Luz (bandolinista) e Ricardo Cassis (violonista), músicos da nova geração de chorões paulistas, prestaram singela homenagem ao mestre tirando-o definitivamente do anonimato. Um belo trabalho de pesquisa e compilação de informações realizado por essa galera muito competente, diga-se de passagem. Um trabalho hercúleo, eu diria, em razão do escasso material a respeito. Pois bem, não obstante, mergulharam de cabeça e realizaram a obra. São três CDs com encarte e textos muito bem elaborados assim distribuídos: no CD 1, Choros, Polcas e Valsas, no CD 2, Schottisches e Valsas e no CD 3, apenas Valsas. Na contra-capa do encarte um poema intitulado “O CAVAQUINHO” (aos amigos Galdino e Mário), da autoria do cantor e compositor de modinhas, Catulo da Paixão Cearense, dedicado aos cavaquinistas Galdino Barreto e Mário Alvares. Uma belíssima produção, dá pra perceber pelo que se apresenta, é nítido, cristalino e de qualidade inigualável. Vamos comparar esse belíssimo trabalho elaborado por esse timaço de jovens chorões com uma equipe de futebol. Pois bem, a linha de frente ficaria a cargo do próprio Gustavo Cândido ao lado do Ricardo Cassis e do Agnaldo Luz. O meio campo eu deixaria por conta dos convidados, Izaias Bueno de Almeida, Henrique Cazes, Leonardo e Miguel Miranda. Na cabeça de área eu colocaria o Pedro Pitta e na zaga o Luizinho 7 cordas. Perguntariam os senhores: e goleiro, não tem? Claro que tem. Botaria no gol o próprio Mário Alvares, que, com suas harmonias e melodias, distribuiria o jogo pra essa rapaziada. Que tal, heim…! Timão, né? Tudo bem, deixemos isso pra lá, vamos botar os CDs pra tocar e apreciar a obra de Mário Alvares na interpretação desses grandes músicos chorões de São Paulo, que, pra quem não sabe, também conhecem muito do assunto.

FICHA TÉCNICA:
Realizado e produzido por Gustavo Cândido (2014)
Coprodução: Ricardo Cassis
Assistente de produção: Agnaldo Luz
Produção executiva: Gustavo Cândido
Direção musical e arranjos: Gustavo Cândido
Arranjos violões: Luizinho 7 cordas e Ricardo Cassis
Pesquisa e textos: Gustavo Cândido e Leonardo Miranda
Fotos/divulgação: Marina Siqueira
Arte e projeto gráfico: Cesar Bonfim
Patrocínio: VAI e Prefeitura de São Paulo
CONTATOS:
Gustavo Cândido (11) 9-8736-6673
Email: gustavo.mus@gmail.com
Site: marioalvares.com.br
facebook.com/tributomarioalvares
Abraços
Zé do Camarim


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