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“HOMENAGEM A TOCO PRETO”

toco_11Ele nasceu em 7 de junho de 1933 no Rio de Janeiro, mas, está radicado em São Paulo desde a década de 80. Seu interesse pela música deu-se aos oito anos de idade por causa do pai que também tocava cavaquinho. Ainda no Rio, teve atuações destacadas na Rádio Mayrink Veiga, que, ao lado da Rádio Nacional, tornaram-se as duas mais importantes emissoras do pais na época. O rádio – introduzido no Brasil em 1922 pelo sociólogo Edgard Roquette Pinto – foi fundamental para a formação de gerações e gerações de grandes músicos, conjuntos musicais, cantores e compositores.    

O velho pianista e compositor Ary Barroso, também conhecido como “o terror dos calouros”, convidou Toco Preto para fazer parte do conjunto musical do programa “A Hora do Calouro”, famoso programa da ocasião. Dentre os artistas com quem Toco Preto se apresentou destaco Orlando Silva, “O Cantor das Multidões”, Roberto Silva, “O Príncipe do Samba”, Claudete Soares, “A Princesinha do Baião”, alem de Cartola, Nelson Cavaquinho, Jamelão, Waldir Azevedo e Carmen Costa, dentre outros. Um belo currículo, sem dúvida nenhuma. Na década de 70, mais precisamente em 1977, ao lado de Zé da Velha e Valdir Silva, criou o Grupo Chapéu de Palha – lançando dois LPs – e com o qual participou de dois projetos musicais fantásticos da época, o “Seis e Meia” e o “Projeto Pixinguinha”, ambos idealizados pelo compositor, poeta e produtor, Hermínio Bello de Carvalho. Tempos depois seus CDs serviram de base para jovens instrumentistas que estavam começando na arte de tocar o machetinho, sendo um dos mais importantes influenciadores dessas novas gerações de cavaquinistas. Pois bem, naquela noite, no palco do Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros, dentro do projeto Cultura no Choro da nossa amiga e parceira, a produtora e apresentadora Cris Caner, ela convidou o grupo para um show em homenagem ao velho cavaquinista e compositor, Ormindo Fontes de Melo, o Toco Preto. Infelizmente naquela noite Toco não pode mostrar seu talento de grande solista, não tocou em razão de um acidente com o braço. Todavia, compareceu com toda a sua simpatia e prestigiou o evento. Agnaldo Luz (bandolim), Gustavo Cândido (cavaquinho), Ricardo Cassis (violão 6 cordas) e Pedro Pita (pandeiro), jovens instrumentistas, sob a batuta de Luizinho 7 cordas, na ocasião, lançaram o CD “HOMENAGEM A TOCO PRETO” com uma apresentação supimpa. Na platéia, tive o privilégio de apreciar a performance dessa rapaziada, aliás, como sempre digo, de muito talento, competência e sensibilidade musical. Desfilando composições clássicas e inéditas, a moçada deu um show viajando pelo repertório do compositor carioca. Salve Toco Preto e todos aqueles que, com absoluta justiça e merecimento, o homenagearam.

Abraços

Zé do Camarim

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